quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Pra onde vai o velho tubo?



Faça as contas: a venda de televisores no Brasil está estável, na casa dos 10 milhões de unidades por ano; mas, dentro deste universo, a venda de televisores de tela fina - item top na lista de sonhos de consumo deste início de século - está duplicando, de 1 milhão em 2007 para 2 milhões em 2008; pode-se concluir que está havendo uma acelerada substituição de aparelhos, e que os tubos cinescópios estão sendo empurrados para fora das salas de estar.

O problema é: para onde vão esses televisores que o consumidor considera ultrapassados?

Milhares já foram para o quarto das crianças, para prejuízo da espécie humana; outros milhares foram gentilmente descartados em forma de presente para a empregada, para o porteiro do prédio, a sobrinha que foi morar com o namorado etc. Seja pelo poder de compra recém-adquirido pela classe C, seja pela generosidade conveniente das classes A e B, o fato é que dificilmente se encontra um lar sem TV no Brasil eletrificado.
Uma rara ação envolvendo televisores usados foi feita em São Paulo, em 2007, por uma rede de supermercados que oferecia desconto de R$ 500 na compra de um aparelho de tela fina a quem trouxesse o seu velho TV de tubo. O desconto era balela e o televisor usado ia para instituições de assistência entreterem suas crianças carentes. Segundo a funcionária que organizou a ação, 50 televisores foram doados a 10 instituições, e "as crianças adoraram".
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